O invasor cagão

Quem me conhece de perto, sabe q tenho a mania das claustrofobias e deixo as janelas de casa todas abertas... (e as do carro também).

Na sexta feira passada, entrei em casa morta de cansaço a pensar q me ia atirar para o sofá e ficar por ali o tempo q me apetecesse... mas, cheguei à sala e parecia q tinha passado por ali um furacão. Um quadro no chão, os outros todos tortos, molduras, velas e biblôs tombados, uma planta caída e partida com a terra espalhada... Pensei "UÔOUU... o q é q se passou aqui??!! a ventania q deve ter estado..." até q comecei a reparar q estava tudo "minado". Na mesa, no chão, no meu sofá BRANCO, na bicicleta nova (que entretanto deve ter servido de poleiro com cocó de pombo desce a cestinha às rodas). Ia inspeccionando a sala e pensando "não acredito..." até q olho para cima e vejo que o invasor-cagão ainda lá estava, impávido e sereno, em cima da estante a olhar para mim...

Abri as janelas todas para ver se ele tomava a iniciativa de se ir embora mas não. Limitava-se a seguir-me com os olhos mas sem arredar pé... Só pensava "e agora como é q o tiro daqui??.." enquanto descompunha os velhos todos das redondezas q insistem a alimentar a porcaria dos pombos. Acabei por ter q lhe mostrar o q era uma vassoura para ele perceber q a minha sala não era um pombal. Nem foi preciso chegar perto. Saiu em vôo directo da minha estante para o telhado do vizinho.

Uffa... já está!

A hora a seguinte foi passada a arrumar e a limpar os vestígios do cagão e, a partir de agora, janelas abertas, sim... mas com o estor corrido.