Após uma quinzena no planeta jet-set, regressei sã e salva à minha querida micro casa. Que bom q é voltar à minha casinha, à minha caminha, ao meu sossego, à minha familia, aos meus amigos... ao meu planeta.
Como em todo o lado, no planeta jetset, também há pessoas de diferentes tipos: os de sorrizinho amarelo e os genuinamente simpáticos, os inteligentes e os broncos armados ao pingarelho, os que têm "boa pinta" com qualquer trapinho e os q por muito q se "estiquem" têm sempre um arzinho foleiro, os de boas familias e os q "sabe-se lá de onde apareceram", os "low profile" e os espalhafatoso, os q se divertem genuinamente com os amigos e os q vão marcar presença a todas as festas e só estão a pensar se vão aparecer na revista X... Confesso q tem a sua graça, estar ali no meio a apreciar fauna. Só tenho pena de não o hábito de ler as revistas "cor-de-rosa" para conhecer as personagens pelos nomes (e, como também não tenho televisão em casa, a situação agrava-se). Mas não me descoso. Um ar natural, descontraído e simpático derruba qualquer barreira.
Quinta do Lago. Claro q sim! é lindo, as casas são fabulosas e até nos esquecemos que estamos em crise... é outro planeta! mas, sinceramente, para mim a palavra "férias" implica esquecer q o carro existe. É estar numa casa à beira mar mas ter um sitiozinho para comprar o pão e o jornal ali ao lado. Na quinta do lago tem q se ir de carro para TODO o lado (incluindo a praia).
E os carros?! é verdade, brutos carros! mas só isso. Não sei as marcas, só sei q são carrões. Logo eu, que vibro muito mais quando vejo ou ouço um Dyane ou um 2CV. Os miúdos ficavam malucos quando eu dizia: "estou a ouvir um 2cv ou um Dyane! Não o vejo mas está aqui perto..." e zzzaasss, aparecia um 2cv ou mehari (acho q não vi nenhum Dyane). Admirados, perguntam-me como é q eu sabia. E, uma vez que eu disse: "olha ali um '2cavalos' encarnado" e os miúdos: "cavalos encarnados???!! onde?" (LOL)
Nestas férias, é ritual quase religioso ir (várias vezes) com as crianças à "fungolandia" (como eu lhe chamo mas q é mais conhecida por aquashow). Santa ignorancia a das pessoas q ali vão. Quem me dera não saber da existencia de fungos, bacterias e virus para me poder divertir e enfiar os pés na água sem ficar a pensar q espécie de fungo é q vou apanhar. Acho aquilo um verdadeiro nojo. E, muito pior q a água das piscinas são aqueles tapetes verdes a imitar relvinha. Até consigo ouvir os fungos a bater palminhas de cada vez q um pé os pisa. Enfim, é dificil mas tem q ser. Os miúdos adoram aquilo e divertem-se à grande. Eu, divirto-me a vê-los divertidos e divirto-me a apreciar a fauna humana terrestre (que é outro susto). Ir a estes locais dava para fazer estudos científicos profundos em diferentes áreas do conhecimento... tanto na àrea fungo-microbiana como na área da sociologia e passando pela hereditariedade (adoro ver as parecenças, ou não, entre pais e filhos). Outro estudo interessante seriam os "escaldões". Até podia haver um concurso diário, com prémios e tudo: "o maior escaldão do dia". E pronto! chegando a casa, toma-se banho em álcool e esfregam-se os pés até fazer ferida para apagar qualquer vestígio de micro-bicharada.
A quinzena até passou depressa... Os terroristas já estão mais crescidinhos e menos insuportaveis (ainda têm os seus "momentos" mas menos frequentes). O mais fabuloso de tudo: livrei-me de ir à isla mágica. Isso é q teria sido uma verdadeira ida ao inferno... Nem falaram no assunto... GRAÇAS A DEUS!